Unidade II

A Função Social da Leitura e da Escrita no Desenvolvimento da Espécie Humana

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Introdução

Caros(as) estudantes, nesta Unidade, damos continuidade aos estudos da função social da leitura e da escrita, ampliando nossa compreensão de educação e de mundo. Neste sentido, apresentamos como objetivos de aprendizagem:

  • Compreender a relação entre a evolução da leitura e da escrita e o desenvolvimento da espécie humana.
  • Conhecer as etapas da evolução da escrita na história da humanidade.

A evolução da leitura e da escrita pode ocorrer em dois âmbitos: filogeneticamente, ou seja, com a evolução da espécie humana; e ontogeneticamente, com as transformações pelas quais passa uma pessoa em sua história de vida.

Na dimensão filogenética, a evolução da escrita e de sua leitura decorre das transformações nas relações do homem com outros homens e deles com a natureza, em função das novas necessidades que surgem ao longo da evolução da espécie humana.

Na dimensão ontogenética, a evolução da escrita ocorre com o desenvolvimento do sujeito no decorrer de sua existência e, ao mesmo tempo, essa prática provoca seu desenvolvimento.

Em outros termos:

  • A espécie humana desenvolve-se, ao longo do tempo, produzindo muitos conhecimentos, entre eles a escrita. Esse produto humano, por sua vez, afeta e promove o desenvolvimento dessa espécie.
  • O sujeito se apropria da escrita e essa aprendizagem impulsiona o desenvolvimento do sujeito.

Neste sentido, a escrita cumpre a função social de promotora do desenvolvimento da humanidade, como um todo, e do homem, em particular.

Nesta unidade, discutiremos, a evolução da escrita na dimensão filogenética – evolução da humanidade - e, na unidade 3, trataremos do desenvolvimento da escrita na dimensão ontogenética – evolução do homem.

Relação entre a Evolução da Leitura e da Escrita e o Desenvolvimento da Espécie Humana

O homem é um ser não somente biológico, mas social e historicamente determinado. Como um ser social e histórico, apresenta-se ativo na construção de si e da própria história, sendo produtor das circunstâncias. Sua ação consciente sobre a realidade o constrói e o firma como ser humano.

Por meio de sua intervenção consciente na natureza, com a criação de formas de satisfação de suas necessidades, o homem distanciou-se dos demais animais. As atividades humanas que diferenciam os homens dos animais são aquelas capazes de produzir historicidade. O homem se relaciona com a realidade por meio do conhecimento produzido pelas gerações que o precederam, isto é, mediado pelos instrumentos materiais e simbólicos.

Os primeiros passos do homem na produção dos bens culturais se deram na atividade de transformação da natureza, isto é, na atividade de trabalho, originando o movimento de sua formação na história. O trabalho é uma atividade mediadora “do processo dialético de transformação da natureza em cultura” (MARTINS; RABATINI, 2011, p. 348).

Nas palavras de Sforni (2008, p.2):

Os homens, diferentemente dos animais, têm uma atividade criadora e produtiva – o trabalho. Ao criarem os objetos que satisfazem às necessidades humanas, eles criam também o conhecimento sobre essa criação, assim, ao mesmo tempo em que produzem bens materiais, desenvolvem os saberes sobre o mundo circundante, ou seja, desenvolvem ciência, tecnologia e arte.

A atividade de trabalho está no centro e é o motor do desenvolvimento humano social e individual. Ela é a base de outras atividades humanas que surgiram no decorrer da história, portanto é a primeira e principal atividade que ocupa, filogeneticamente, na regulação das ações do homem no e com o mundo. Segundo Vygotsky (1995), foi o trabalho coletivo que criou o homem e o desenvolveu por ser em torno dessa atividade que a sociedade foi estruturada.

A atividade de trabalho, que se tornou cada vez mais complexa, exigiu não somente o uso de instrumentos físicos, mas o uso da linguagem e outros signos para mediar suas relações sociais.

Na concepção vigotskiana, a cultura objetiva-se nos signos ou instrumentos culturais, dispostos sob a forma de instrumento cultural material e instrumento psicológico, como é o caso da linguagem. Pautado nesse processo, ou seja, no trabalho transformador da natureza e do próprio homem, Vigotski toma a cultura como eixo central no desenvolvimento do ser humano (MARTINS; RABATINI, 2011, p. 348).

A relação entre a ação transformadora do trabalho e o potencial gerado pela criação e evolução da linguagem foi decisiva na constituição do homem por ser um sujeito social. Este ser social, que enfrenta e resolve problemas coletivamente para a sobrevivência do grupo, exige uma possibilidade de comunicação. Inicialmente a comunicação ocorreu por meio de desenhos e da linguagem oral rudimentares. Posteriormente, ocorreu por meio da linguagem oral e escrita cada vez mais complexas, impulsionando o desenvolvimento do homem.

O desenvolvimento humano está condicionado, também, ao desenvolvimento da linguagem oral e escrita: quanto mais pobre for o universo simbólico de um indivíduo, menores serão as possibilidades de um desenvolvimento pleno das suas funções psicológicas superiores.

A escrita e a leitura, como produto cultural humano, possuem uma história que está diretamente relacionada à própria história da humanidade. É, exatamente, o surgimento da escrita que divide a pré-história da história, cerca de 3500 anos a.C., dando origem a diversas formas de grafar e de falar.

Curadoria

Nome do livro: Introdução à filosofia de Marx
Editora: Expressão Popular
Autor: Sérgio Lessa e Ivo Tonet
ISBN: 978-85-7743-073-4
Comentário: Caros alunos, esta obra possui capítulos que apresentam conteúdos ampliadores dos conhecimentos relativos ao desenvolvimento filogenético da humanidade ocorrida por meio da atividade de trabalho e da linguagem. Disserta sobre a atividade de trabalho realizada coletivamente, desde o homem primitivo, na qual exige comunicação e planejamento prévio das ações para alcançar os resultados desejados.
Sugerimos a leitura dos capítulos intitulados:
  • A relação do homem com a natureza: o trabalho – p.17-22
  • O trabalho e a sociedade – p.23-27
  • O que é, mesmo, um machado? - p.29-33
  • O conhecimento – p.47-52

No âmbito filogenético, a linguagem escrita percorreu etapas em seu desenvolvimento. Todas as etapas da evolução da escrita advêm: das necessidades humanas de um certo período histórico; de como se organizavam para sobreviver; do nível de desenvolvimento dos instrumentos e técnicas; de como se relacionavam em sociedade. Estes aspectos da vida do homem determinam o conteúdo e a forma como fazia registros gráficos.

Sob esta perspectiva, a linguagem escrita se revela como resultado de um longo e dinâmico processo que é reflexo da organização de uma sociedade em um determinado lugar, da forma que se relacionam entre si e com os bens culturais produzidos, que promove a transformação de suas ações no mundo externo e de própria cognição.

Na pré-história os homens se expressavam graficamente, com desenhos que são chamados de pictogramas (figura 1 e 2). Ainda não era um sistema de escrita, pois não havia uma padronização e nem regras, que a uniformizasse e permitisse sua leitura com certa unicidade. Representavam coisas do cotidiano como pessoas, animais, cenas de caça, ritos religiosos e fenômenos da natureza (GROBEL; TELLES, 2014).

Figura 3: Valores saudáveis.
https://br.123rf.com/profile_photosvit

Figura 1: Caverna de Altamira - Espanha
Fonte: Hart-Davis e Pavam, 2009.
Figura 2: Caverna de Lascaux – França
Fonte: Hart-Davis e Pavam, 2009.

Mesmo aparentando uma linguagem gráfica simples, naquele momento histórico, esses sinais ou marcas promovem um salto qualitativo na cognição humana.

Quando o homem usa marcas para lembrar algo, sua memória se torna mais eficaz e essas marcas funcionam como signos que se interpõem entre os sujeitos e os objetos ou situações, oferecendo ao homem uma forma de pensamento mais potente e elaborada. Um exemplo disso acontece quando são utilizadas pedras para marcar a quantidade de cabeças de gado, ou quando uma criança utiliza palitos para realizar as primeiras somas ou subtrações (CAVALEIRO, 2009, p.76).

Quanto ao desenvolvimento da linguagem oral, esta marca a

[...] passagem da conduta animal à atividade consciente do homem [...]. No processo do trabalho socialmente dividido, surgiu nas pessoas a necessidade imprescindível de uma comunicação estreita, a designação da situação laboral na qual tornavam parte, ocasionando a aparição da linguagem. Nas primeiras etapas, esta linguagem esteve estreitamente ligada aos gestos, os sons inarticulados podiam significar tanto “cuidado” “como” “esforça-te”, etc., ou seja, o significado do som dependia da situação prática, das ações, dos gestos e da entonação com que era pronunciado (CLARINDO; BORELLA; CASTRO, 2015, p.602).

Aproximadamente no ano 3000 a.C., surgiu a primeira forma de escrever: a cuneiforme, desenvolvida pelos sumérios, na Mesopotâmia. Constituída por símbolos fixos, em torno de 2000, grafados da direita para a esquerda, formados por cones em suportes de argila (figura 3 e 4). É considerada, também, um pictograma. Esse sistema surgiu da necessidade de controlar quantidades e registrar transações comerciais. Segundo Cavaleiro (2009):

Na sociedade, existem inúmeras ferramentas psicológicas que, ao longo do processo de desenvolvimento da humanidade, foram criadas a fim de potencializar o pensamento e as ações psíquicas, tornando-os menos elementares e mais complexos. Os signos criados nas relações sociais do grupo para representar a realidade se aperfeiçoaram e se transformaram em sistemas simbólicos que passaram a ser compartilhados entre os membros, aprimorando as relações sociais. A linguagem é parte desse sistema simbólico e funciona como elemento mediador entre o homem e o mundo (CAVALEIRO, 2009, p.76).

Figura 3: Pictográficos da escrita cuneiforme e estilete.
Fonte: Hart-Davis e Pavam, 2009.

Figura 4: Escrita cuneiforme em tabuleta de barro.
Fonte: Silva, 2013.

Luria esclarece que, na evolução da linguagem escrita, foi produzido, progressivamente, um sistema de códigos que representa objetos, ações e seus nexos. Posteriormente, constituíram códigos sintáticos complexos de frases inteiras, podendo, então, formular formas complexas de linguagem verbal (LURIA, 2001). Na mesma linha de pensamento, Cavaleiro (2009) afirma que:

A linguagem conserva a representação dos gestos e objetos que estão ausentes, por isso é considerada um signo. No processo de desenvolvimento, ela é o caminho que transmite as atividades práticas acumuladas pela humanidade, isto é, o conhecimento, e por conseguinte o desenvolvimento do pensamento é determinado pela apropriação de instrumentos linguísticos adquiridos por meio das experiências socioculturais da criança (CAVALEIRO, 2009, p.77).

Os pictogramas alteraram-se e surgiram os ideogramas formados por traços, imagens ou símbolos gráficos que representam não apenas objetos ou palavras, mas conceitos, que é um grande avanço. Já há convenção nessa forma de escrita. Como exemplos temos os hieróglifos egípcios que datam, aproximadamente, 3200 anos a.C. (figura 5) e os ideogramas chineses que surgiram em 1500 anos a.C. (figura 6), ainda utilizados na atualidade. Uma importante característica e avanço nesse sistema, é que certos símbolos passaram a ter uma representação fonográfica. Os principais suportes utilizados eram o barro, o couro de animais e rochas (GROBEL; TELLES, 2014).

Figura 5: Frase em hieróglifo egípcio.
Fonte: Casson, 1969.

Figura 6: Ideogramas chinês.
Fonte: https://bit.ly/3FCOrI6

A antiga Fenícia, que hoje corresponde a região localizada parte no Líbano e parte na Síria, era ocupada por uma população bastante desenvolvida e atuante no comércio com o Oriente e o Ocidente. Fator que criou a necessidade de registro dos produtos e valores comercializados, controle dos bens com indicação de seus proprietários e herdeiros. A contabilidade foi, a princípio, a atividade mais documentada por escrito. Nesse contexto, surge o sistema alfabético fenício com vinte e dois sinais associados aos sons, como em nossa escrita fonética atual. Com a evolução linguística, o alfabeto passou a ter vinte e quatro letras, originando o sistema greco-romano, e atualmente possui 26 letras (VALLE; PANCETTI, 2009; VALENTE, 2009).

Indicação de FIlme

Título: História do alfabeto
Produção: Brit Cruise
Canal: Khan Academy
Sinopse: A história da evolução da escrita ocorre sob a influência das características dos povos nos quais surgiram: localização geográfica, organização social, forma e nível de comercialização, cultura, religião entre outros aspectos. O vídeo que sugerimos explica a evolução da escrita em povos diferentes, conforme as características mencionadas. Esta explicação é rica em imagens e informações auxiliares na compreensão da evolução da escrita na humanidade e, consequentemente, da evolução da escrita na criança, pois a mesma reproduz de forma reduzida todo o processo da humanidade.

Na evolução da humanidade, declara Luria (2001), os atos externos de manipulação dos objetos do mundo exterior e os atos internos de utilização das funções psicológicas passam a dar forma a diferentes técnicas de organização da linguagem e do pensamento, a fim de facilitar e agilizar as ações externas e internas do homem.

O uso direto, natural de tais técnicas, é substituído por um modo cultural, que conta com certos expedientes instrumentais, auxiliares. Em vez de tentar avaliar visualmente as quantidades, o homem aprende a usar um sistema auxiliar de contagem, e em vez de confiar mecanicamente as coisas à memória, ele as escreve. Em cada caso, estes atos pressupõem que algum objeto ou aparelho será usado como auxílio nesses processos de comportamento, isto é, este objeto ou aparelho desempenhará um papel funcional auxiliar. A escrita é uma dessas técnicas auxiliares usadas para fins psicológicos; a escrita constitui o uso funcional de linhas, pontos e outros signos para recordar e transmitir ideias e conceitos (LURIA, 2001, p.146).

A escrita tornou-se um instrumento basilar da organização da sociedade em todos os seus setores: jurídico, administração pública, contabilidade, igreja, escola, biblioteca. A importância da escrita e suas transformações ocorrem, fundamentalmente, em função das novas necessidades humanas e do desenvolvimento tecnológico.

Até hoje, a escrita não para de se transformar, especialmente em função da tecnologia. Dos restritos e difíceis papiros, ao papel e à massificação dos livros impressos. Hoje, discute-se a possibilidade do fim do livro impresso, com crescimento dos leitores eletrônicos (VALENTE, 2009, p.2).

De acordo com Margarida Salomão, linguista e professora emérita da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF):

A partir do momento que se tem a escrita, passa-se a ter uma memória social. E, na verdade, os avanços tecnológicos obtidos foram pautados ou tiveram como patamar a sistematização e organização dos conhecimentos, que passaram a ser, inclusive, coletivamente partilhados. E quanto maior a disseminação dessa memória social, mais rápida e mais violenta se tornou a evolução tecnológica e científica (VALLE; PANCETTI, 2009, p. 2).

O SEA  oficial da língua portuguesa é o latino ou romano. Ele surgiu por volta do ano 600 a. C. e continuou se desenvolvendo. Sendo atualmente utilizado por milhões de pessoas. O alfabeto português é composto por 26 letras (5 vogais e 21 consoantes).

O desenvolvimento da linguagem ao longo da história humana e a complexificação dos códigos é de fundamental importância no caráter consciente das relações humanas, possibilitando ao homem sair dos limites instintivos dos animais. Através desse contexto é necessário fazer uma análise concreta do papel da linguagem e suas especificidades que deram e dão a possibilidade do homem se constituir verdadeiramente em humano, ou seja, se apropriar da cultura humana construída historicamente, pois é na linguagem que se tem a origem da formação das categorias do mundo humano (CLARINDO; BORELLA; CASTRO, 2015, p.602).

Em relação ao sistema de escrita do número, este surgiu com os indianos que inventaram e organizaram o princípio posicional e a base dez. Os árabes adaptaram e difundiram este sistema pelo comércio. Por isso, ficou conhecido como sistema hindo-arábico.

[...] os sistemas de notação utilizados ao longo da história foram elaborados a fim de explicitar, dar conta das coleções e trabalhar com elas, e sua evolução parece intimamente ligada a necessidades cada vez mais exigentes de comunicação e de trabalho com conjuntos. As diferentes simbolizações utilizadas são, portanto, verdadeiros marcos no caminho da construção de uma representação do número cada vez mais eficaz (BEDNARZ, 2003, p.51).

Da evolução deste sistema resultou a notação do sistema de escrita do número que emprega uma quantidade limitada de símbolos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), ou seja, possui dez algarismos que são agrupados conforme a quantidade que desejamos representar. Esse agrupamento possui um princípio fundamental de agrupamento de base dez, pois o princípio da contagem se deu em correspondência com os dedos das mãos de uma pessoa. Outro princípio é o do valor posicional relativo, pois cada algarismo tem um valor de acordo com a posição que ocupa na representação do numeral. Assim, quando trocamos a posição de um algarismo, trocamos o valor do número. Veja: o número 123, ao alterar a posição de seus algarismos, altera-se os valores, por exemplo, para 132, 213, 231, 312 ou 321.

Os bens culturais produzidos pela humanidade, como o sistema de escrita alfabético e o sistema de escrita numérico, são apropriados pelo homem por meio de sua interação com esses sistemas, apresentados por outras pessoas que os dominam. Então, o homem ao apropriar-se deles poderá utilizá-los conforme sua função social, fato que altera, qualitativamente, as relações do homem com o mundo objetivo. Todo tipo de registro gráfico sistematizado.

[...] possibilita ao homem conservar uma informação, uma representação, e recorrer a ela novamente quando necessário. Assim, as relações fundadas na fala e nos gestos, que se constituíam em relações imediatas, passaram a ser “guardadas”. Essa possibilidade de armazenar as informações por meio da linguagem gráfica se apresenta como aspecto primordial para o desenvolvimento da humanidade (CAVALEIRO, 2009, p.79).

A internalização desses bens oportuniza uma transformação mental em termos qualitativos, aumentando o nível de complexidade da linguagem, do pensamento, da percepção, da atenção, dentre outras funções psíquicas próprias da espécie humana.

Acerca dessa questão, Martins (2013, p. 168) esclarece:

Segundo Vygotski (1995), o desenvolvimento da linguagem representa, antes de tudo, a história da formação de uma das funções mais importantes do desenvolvimento cultural, na medida em que sintetiza o acúmulo da experiência social da humanidade e os mais decisivos saltos qualitativos dos indivíduos, tanto do ponto de vista filogenético quanto do ontogenético.

Filogeneticamente, o processo evolutivo da linguagem foi incorporando traços e significados mais elaborados, o que fez surgir um sistema objetivo e diferenciado de códigos linguísticos.

Atividades

1

A história da humanidade ultrapassa o aspecto temporal, ou seja, não se resume a uma sequência de dias, anos, séculos, milênios. A humanidade produz história por meio do desenvolvimento de atividades humanas, como o trabalho, e da linguagem, que transformam o mundo e o próprio homem, diferenciando-se dos demais animais.

A respeito da história da humanidade, analise as afirmativas que seguem e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s).

  • (  ) Por meio do trabalho, animais como a abelha, a aranha, a formiga transformam seu modo de viver e de ser.
  • ( ) Por meio do trabalho, o homem transforma seu modo de viver, de ser de se relacionar com o mundo.
  • ( ) A linguagem é um meio de simbolização e comunicação humana.
  • ( ) Por meio do trabalho e da linguagem os homens e os demais animais se transformam.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

Justificativas:

Respostas corretas: Trabalho e linguagem foram criados e desenvolvidos pela espécie humana. Por meio da relação entre trabalho e linguagem os homens transformaram sua existência no mundo.

Respostas incorretas: Os animais não desenvolvem trabalho, mas realizam ‘atividades vitais’ de sobrevivência, por instinto, que não se alteram. A comunicação entre os animais está presente nessas atividades vitais e não foi criada por eles, pois também compõe os aspectos instintivos dos animais.
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2

Paralelamente ao desenvolvimento do trabalho, o homem produziu objetos, ou seja, instrumentos materiais que o auxiliam em suas ações, possibilitando aumentar a velocidade, a força e a produtividade dessas ações. Junto à produção de instrumentos materiais de forma grupal, o homem produziu conhecimentos sobre eles e sobre suas funções sociais.

Em relação à produção de instrumentos materiais e culturais, na atividade de trabalho, assinale a alternativa correta.

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3

No desenvolvimento filogenético do homem, a sociedade estruturou-se sobre a base de uma atividade coletiva propulsora das demais atividades humanas.

Sobre a atividade humana, motor do desenvolvimento filogenético, assinale a alternativa correta que corresponda a esta atividade principal.

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Conclusão

Pudemos compreender, nesta unidade, que a leitura e a escrita são produções humanas que evoluíram e se transformaram, ao longo da história, em função das novas necessidades que o próprio homem produz. Ao mesmo tempo que é produto do homem, também é produtor de transformações cognitivo-afetivas nele.

Entendemos, portanto, que o domínio da leitura e da escrita se faz cada vez mais imprescindível ao homem, na sociedade contemporânea, ao cumprir sua função social de mediadoras das relações interpsíquicas e intrapsíquicas.

Unidade Concluída

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